terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL


 A LITERATURA E A INFÂNCIA
 Diante da instituição familiar, a literatura pode exercer, desde muito cedo, importante papel no desenvolvimento na infância, uma vez que, ao estar envolvida pelo universo mágico que o acervo literário produz, promove a construção do pensamento, da imaginação e da expressividade na linguagem. Quanto mais a família propiciar à criança o contato direto com os livros, de envolver-se com a fantasia, com o prazer de estar manuseando e ouvindo uma história, maior a probabilidade de ela tornar-se um adulto leitor.
Existe então a necessidade de permitir à criança a oportunidade manusear, explorar, vivenciar e apreciar a história que nele contém. Sendo assim, há uma grande possibilidade de surgir, a partir daí, o futuro leitor crítico, criativo e reflexivo. Portanto, eis aqui o compromisso dos pais na formação dos filhos, pois será através Dessa iniciação que se estabelecerá um importante elo entre a criança e o gosto pela leitura.
De acordo com Ninfa Parreiras, “a  literatura, como uma expressão artística, é a arte das palavras. Como uma manifestação de sentimentos, sensações, impressões e como a expressão lírica de um artista da palavra e do desenho, ela provoca deleite e traz um trabalho poético com as palavras, com as figuras de linguagem e com as imagens (2009, p. 22)”
A literatura proporciona à criança, através do seu universo lúdico e criativo, instrumentos para que ela desenvolva sua imaginação e criticidade, explorando seu imaginário, ultrapassar as barreiras do pensamento, transformando emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa, colaborando na sua formação e no seu desenvolvimento enquanto sujeito.
Coelho (1991 apud GREGORIM FILHO) menciona que “literatura infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização (2009, p. 22)”.
          Nessa concepção, pode-se afirmar que a literatura faz parte do convívio das pessoas, tanto adultos quanto crianças. Unem-se o real, que são as vivências, aquilo que pode ser presenciado pela sua concretude, e o imaginário, que são as fantasias, os desejos, os sentimentos. Oferecer situações para que a criança esteja em contato com esse universo encantador, vem contribuir na formulação dos seus conceitos.
A LITERATURA E AS APRENDIZAGENS
Reconhecer a importância da literatura e promover à criança o interesse e o gosto pela leitura de textos variados que podem ser explorados, vividos por ela, através de uma proposta enriquecedora do conhecimento, é dever de todos, ou seja, da família, da escola e da sociedade em que está inserida. No entanto, para que cada uma dessas instituições colabore de forma inovadora nesse processo, é fundamental que o seu empenho seja voltado para o interesse e necessidade da criança, conforme já discutido.
Vygotsky (1993, apud MAIA, 2007, p. 22) menciona que o aprendizado é uma das principais fontes de conceitos da criança em idade escolar, e é também uma poderosa força que direciona o seu desenvolvimento determinando o destino de todo o seu desenvolvimento mental. A autora ainda comenta que, diante dessa perspectiva, a escola, em especial o professor, deve proporcionar meios para que a criança formule os seus conceitos, colaborando no seu desenvolvimento cognitivo, social e afetivo. A literatura é uma forma de expressão que pode ser utilizada em sala de aula, tanto de maneira lúdica quanto pedagógica, para auxiliar nessa construção.
          Existe a necessidade de refletir sobre a importância de um enfoque estético na abordagem do livro para o público infantil. Segundo Zilberman (1987), apud Maia, formar o leitor crítico é uma atribuição do professor e, nessa missão, a literatura desempenha uma função formadora que se distingue da pedagógica. Atrair o interesse da criança é uma tarefa que exige dedicação e envolvimento, já que apresentar a literatura sem querer impor o caráter meramente didático depende do conhecimento do educador sobre questões teóricas e conceituais acerca da literatura.
De acordo com a abordagem de Joseane Maia (2007, p.49) “a obra que apresenta qualidade literária – que leva o leitor a tomar consciência do real, a posicionar-se perante a vida, a perceber os temas e os tipos humanos presentes na trama ficcional, a conviver com as ‘realidades’, frutos do imaginário -, essa obra permite amplas possibilidades de romper a subserviência da arte em relação com a educação”.
            A literatura deve ser proposta pela escola de forma em que desafie a criança, desempenhando, através do seu fenômeno artístico, uma postura crítica, autônoma e inquiridora, vindo a exercer papel transformador no processo ensino-aprendizagem. Por meio do seu mundo imaginário e fantástico, colabora para que a criança vivencie o seu cotidiano de forma harmônica, criativa e construtiva.

Gregorim filho (2009, p. 64) reflete que a literatura pode e deve ser encarada como ferramenta imprescindível para o início das discussões geradas pelos temas, como a pluralidade cultural ética, entre outros, trabalhando no sentido de formar cidadãos éticos, plurais e participativos. Já que literatura é arte e forma de expressão, nada como usufruir dela para explorar essa questão.

            A literatura, como veículo de informação e lazer, sob o olhar de Gregorin Filho (2009, p.51), promove a formação de um indivíduo com potencialidades de argumentar, interagir com o mundo que o cerca e tornar-se agente crítico e reflexivo de modificações na sociedade que faz parte. Na construção da identidade cultural de um povo, a literatura se destaca, pois oferece os universos de relações produzidos na história, quer dizer, desde os espaços.

Abramovich cita que “ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, com a ideia do conto ou com o jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento... É também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar outras ideias para solucionar questões [...]. É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos – [...] e, assim, esclarecer melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para a resolução delas. [...] (1989, p.17)”.

A literatura infantil passa a ser fonte inesgotável do conhecimento, propagadora pela necessidade do público infantil em buscar mais, envolver-se no universo literário trazendo para a sua realidade a magia, a criatividade, e o que é fundamental, a aprendizagem. O seu oferecimento no contexto escolar pressupõe o incentivo à leitura, cabendo ao professor ser o desafiador na formação de leitores críticos e reflexivos.

“Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e, portanto, vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso”.
Fernando Pessoa


PARA REFLETIR...



A ABELHA E A FLOR
Ide pois aos vossos campo e pomares, e lá aprendereis que o prazer da abelha é de sugar o mel da flor, mas que prazer da flor é de entregar o mel à abelha. Pois, par a abelha, uma flor é como fonte de vida. E par uma flor, uma abelha é a mensageira do amor. E para ambas, a abelha e a flor, dar e receber o prazer é uma necessidade e um êxtase.
Kahlil Gibran

sábado, 4 de fevereiro de 2012

PROCESSO DE INCLUSÃO NA REDE REGULAR DE ENSINO


Muito se tem falado sobre o processo de inclusão nas escolas de ensino regular. No entanto, é questionável a maneira como esta questão é aceita ou não. Porém, falar sobre inclusão ainda existe certos tabus. Para que uma instituição escolar possa receber um aluno com certa deficiência, o ambiente necessita estar devidamente preparado para acolhê-lo, utilizando recursos didático-pedagógicos que venham a suprir todas às suas necessidades enquanto aprendente. Além do espaço físico, também o acolhimento social é considerado. Mesmo que a sociedade já tenha superado em grande parte o seu modelo tradicional, ainda o preconceito existe, e, infelizmente, o velho pensamento que somente uma pessoa dita como “normal”, ou seja, que não apresenta dificuldades físicas ou intelectuais tem condições de progredir em uma carreira profissional.
Acerca da reflexão de Tolocka e De Marco (1998) sobre o assunto, a otimização do ambiente para a aprendizagem e a segurança, incluem a retirada de barreiras arquitetônicas as quais dificultam ou impedem o acesso dos alunos portadores de necessidades especiais às atividades, ou à própria escola. Não obstante, para que o processo de aprendizagem aconteça, é fundamental que as condições que permeiam a mesma sejam conhecidas dos profissionais, o que implica no conhecimento mais acurado das especificidades e possibilidades de cada aluno, bem como das propostas pedagógicas a serem oferecidas. Assim, percebe-se que o processo de inclusão no ambiente escolar não é tão simples, já que envolve as dimensões físicas e humanas da escola, necessitando de novas habilidades e competências dos educadores que nela atuam. Será que as escolas regulares estão preparadas para receberem estes alunos? Qual será reação de um aluno, portador de deficiências múltiplas, onde sua aprendizagem ocorre de maneira diferenciada, ao seu tempo, ao seu modo, tendo que conviver com a competição, com a falta de recursos, com o déficit de profissionais preparados para ampará-lo em suas necessidades, suas carências? Será que vai ele se sentir incluído e valorizado neste ambiente de aprendizagens e convívio social?
Apesar da Lei nº 4.024/61, Art.88, ter sido inovadora e pretendido incluir a educação da pessoa com deficiência na educação regular, o Art. 89, que garantia apoio financeiro às instituições particulares que se mostrassem eficientes aos critérios dos Conselhos Estaduais de Educação, oferecendo tratamento especial mediante alguns benefícios, delegou ao Estado a responsabilidade indireta por esta clientela, e com a Lei nº 5.692/71, Art. 9º, explicitou-se que alunos portadores de deficiência física ou mental deveriam receber tratamento especial. Mesmo que estas medidas pretendam assegurar a educação de pessoas portadoras de necessidades especiais, acabaram por reforçar estigmas e preconceitos sobre as possibilidades educativas, tornando-os discriminados e segregados socialmente.
Portanto, é importante ressaltar que a inclusão do aluno com necessidades especiais deve ser responsabilidade de toda a equipe escolar, como também da comunidade escolar engajada de forma solidária, comprometida com o sucesso das aprendizagens, colaborando assim, na integração do sujeito e no processo do seu desenvolvimento enquanto cidadão. Para que a inclusão escolar exerça o seu verdadeiro papel, de aceitar as diferenças e com elas aprender e construir novas formas de aprendizagens é imprescindível que o educador assuma sua função de colaborador e agente mediador do conhecimento. Ele deve estar preparado para trabalhar com meninos e meninas procedentes de diferentes contextos sociais e culturais e com diferentes níveis de capacidade e ritmos de aprendizagem, a fim de garantir a participação, a aprendizagem e o sucesso escolar de cada um.




Frases sobre Educação


“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”.
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.
“Não há vida sem correção, sem retificação”.
“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”.
“Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade”.
“Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes”.
“Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante!
“A Educação qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática”.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.
“Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender”.
“Só, na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense errado, é quem pode ensinar a pensar certo”.
“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”.
“Me movo como educador, porque, primeiro, me movo como gente”.
 “O destino do homem deve ser criar e transformar o mundo, sendo ele o sujeito de sua ação. Para isso, é importante que o indivíduo se aproprie do saber organizado e valorizado socialmente, que tenha a oportunidade de expressar o seu saber e vê-lo reconhecido”.
                                                                                                                                       Paulo Freire 

Rifa
                                                                                                                                                                                                                           Clarice Lispector
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
 Um coração à moda antiga. Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
 Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado
 e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado, coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu... "não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista... Um verdadeiro sonhador... Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
 Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
 Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
 Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos. Este coração tantas vezes incompreendido.
 Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.
 Rifa-se este desequilibrado emocional que, abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
 Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
 Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: “O Senhor poder conferir", eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário. Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga. Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que, ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
 Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano. Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
 Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulância de se aventurar como poeta.

DE ONDE VIEMOS E PARA ONDE VAMOS



 Refletir sobre essa temática nos leva a vários seguimentos, como a crença em mitos, em doutrinas religiosas e no conhecimento científico. Saber realmente como nós viemos a existir de forma tão perfeita, e a natureza à nossa volta, onde tudo funciona na mais formosa sincronia com o universo, na pura essência, nos permite acreditar que existe uma força superior, inteligente e com o poder de organizar esse funcionamento de maneira harmoniosa, sublime.
Lá nos primórdios, aquela história de que Adão sentia fortes dores, e, ao perceber que lhe faltava uma costela, ali fora gerada Eva, que posteriormente comeria a fruta proibida trazendo o pecado à Terra, será que essa crença, passada de geração a geração não passa de um mito, pra tentar explicar a nossa origem? Ou seria uma crença religiosa, imposta pela igreja que sempre exerceu papel dominante? Mas e se foi algum cientista que buscou comprovar a nossa existência através de suas teses científicas? Com tantas interrogações, a dúvida ainda continua, porque fica a incerteza no ar. Quem disse ao casal Adão e Eva que espermatozóide e óvulo, ao se juntarem, dão início a um novo ser? Quem nos deu essa capacidade racional, para que a raça humana continuasse a existir?
O que a ciência já identificou, mas ainda se torna um mistério a todos nós, é o fato de que existe uma força maior, capaz de exercer influência em nossas vidas. Não somos apenas um ser vivo racional, o que nos difere dos outros seres vivos, mas somos seres dotados de sentimentos, bons e ruins, que constroem o nosso caráter. Além dessa força exterior, capaz de nos guiar, ou de nos destruir, existe em nós, seres racionais, uma força interior, capaz de nos transformar.
Paremos pra analisar como se dá o ciclo da vida, viemos de uma concepção, nascemos, crescemos, nos desenvolvemos tanto fisicamente quanto espiritualmente (a força interior), procriamos pra continuar a raça humana e morremos. Este é o ciclo cientificamente comprovado. Mas, se não somos apenas um corpo, se somos um conjunto, em harmonia com a força interior, ligados a sentimentos, tudo isto acaba quando morremos? Deixamos apenas os ensinamentos, as lembranças e as saudades do que aqui significamos? Ou se ainda é um mistério, se ainda não foi comprovado cientificamente que, a partir da morte, encerra o nosso ciclo, então, para onde vamos?

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A maneira como somos avaliados

Você já parou um instante pra pensar o quanto somos avaliados?
Desde a nossa concepção, quando ainda éramos uma sementinha no ventre de nossa mamãe, talvez planejada, talvez não, enfim, desde o início do nosso desenvolvimento já somos avaliados. Surgem inúmeros questionamentos: qual será a cor do cabelo? Terá muito ou poucos cabelos? E a cor dos olhos? Será parecido com quem? Será bonitinho? Será menino ou menina? E então vem a conclusão do pensamento “tomara que seja perfeito”. Aí, já ficamos tensos, lá dentro da barriga, sem saber se seremos aceitos aqui no mundo exterior ou não. Também, olha quanta exigência, ter que nascer perfeito.
Então chega o sonhado dia. Lá vamos nós ao hospital. Forcinha daqui, forcinha dali, e, viva! Cheguei! Mas, como já se era esperado, seremos outra vez avaliados. Exames daqui, exames dali, com a intenção de diagnosticar se somos “perfeitos” ou “não”. Enquanto isso acontece, a família fica na torcida, desejando que nenhuma notícia do contrário seja anunciada. Alguns de nós passa pelo teste, outros não. Então recebe um carimbo, ou rótulo, de que possui algumas necessidades especiais. O tempo passa, vamos crescendo, e as avaliações seguem pela vida a fora. Muitas orientações nos são passadas, sobre o que devemos ou não fazer, como devemos ou não agir, só falta alguém dizer o que devemos ou não pensar. Nossos pais já começam a sonhar com o nosso futuro, a nos avaliar em que profissão poderíamos se especializar, depositar em nós os seus sonhos, seus desejos talvez retraídos. Aí vem uma pergunta, um tanto reprimida, de quando poderemos usar o tal do livre arbítrio? Nem sempre essa questão recebe a resposta que queríamos ouvir.
Chegado o momento de sermos inseridos na sociedade, ou seja, faremos parte do ambiente escolar que vai nos promover para o convívio no meio social. Lá seremos orientados, questionados, provocados e pensar de maneira que possamos colaborar mais tarde na construção e desenvolvimento desse espaço. Nossas atitudes, pensamentos e ações serão avaliados, podendo ser aprovados ou não, dependendo da concepção de ensino a que estamos agregados. Mas se nós, julgados “perfeitos”, somos avaliados em todo momento, como será que se sentem os rotulados como “especiais”? Será a eles destinada uma avaliação diferenciada, respeitando as suas especificidades e potencialidades?
Ao nos serem repassados alguns conhecimentos científicos e pedagógicos pelo educador, logo vem a famosa avaliação pra saber até que ponto atingimos ou não o esperado, se construímos ou não as aprendizagens, então muitas vezes, o que assimilamos nas tarefas em aula, nos trabalhos em grupo, nas pesquisas, muitas vezes não é permitido expor naquelas provas objetivas, de marque V ou F, deixando-nos frustrados, pensando até que ponto é valido ou não a nota que recebemos, se é ela quem vai definir o que aprendemos ou não. O erro também deve ser considerado em nossa avaliação escolar, pois a partir dele poderão ser encontradas outras formas de aprendizagens, outros caminhos que nortearão o conhecimento que não foi transformado.
E na vida futura, profissional, pessoal, já imaginou o caminho que temos a ser avaliados?

Você é capaz. Acredite

“Não deixe sua chama se apagar com a indiferença. Nos pântanos desesperançosos do ainda, do agora não. Não permita que o herói na sua alma padeça frustrado e solitário com a vida que ele merecia, mas nunca foi capaz de alcançar. Podemos alcançar o mundo que desejamos. Ele existe. É real. É possível. É seu.” (Ayn Rand)

Para viver bem

Pra viver bem possua...
Um coração que nunca endureça,
emoção que nunca pressione,
um toque que nunca magoe.
Um carinho que nunca envelheça,
uma doçura que não estacione,
um coração que, por vezes, perdoe.
Uma paixão que não enfraqueça,
um prazer que nunca relaxe,
um silêncio que nunca destoe.
Uma verdade que nunca escarneça,
um medo que não ameace,
uma tristeza que não amontoe.
Uma amargura que não amanheça,
uma alegria que nunca entristeça,
uma fantasia que não voe.
Uma felicidade que não empobreça,
um desejo que nunca se apague
e um amor que te abençoe.

Busque a força que existe em você

Não sobrecarregues os teus dias com preocupações desnecessárias...
A fim de que não percas a oportunidade de viver com alegria...
Tudo vale a pena quando a alma não é pequena..."
É por teres grande valor que a tua palavra te
pede responsabilidade, o teu trabalho solicita
perfeição, o teu pensamento exige cuidado
e o teu coração demanda firmeza.
Se não tivesses valor, nada te seria pedido.
Mas, o teu valor não se resume a exigências e deveres.
Ele te é, sobremodo, poderosa força de alegria, esperança e ação. Se te
reclama deveres e verdade, o seu maior significado é ser teu
beneficiador, operando as melhorias de conformidade com as tuas crenças
positivas.
Confia no teu valor. O valor vem de Deus.
Quanto mais empregas o teu valor, mais ele aparece.

Delírios

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. 
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso. 
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Um dia, ainda amarei e serei amada sem ter que esconder de tudo e de todos.

(Autor desconhecido)

Para refletir

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. Você aprende que amar não significa segurança, e começa a aprende que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. Começa a aceitar as suas derrotas de cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. 
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno de amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que eles mudam; percebe que seu amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e ter bons momentos juntos. E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. Descobre que se leva muito tempo para se tornar o que se quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar, portanto plante seu jardim e decore sua alma em vez de esperar que alguém lhe traga flores. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, aquela pode ter sido a última vez...
Aprende que com a mesma serenidade com que julga você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido,o mundo não vai parar para que você o conserte.
Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não pode mais. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Descobre que realmente a vida tem valor, e que você tem valor diante da vida! Nossas “dúvidas são traidoras, nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.” (William Shakespeare)
"Não importa o que você seja, quem você seja, ou o que deseja na vida, a ousadia em ser diferente reflete na sua personalidade, no seu caráter, naquilo que você é. E é assim que as pessoas lembrarão de você um dia.
"A verdade é que todo mundo vai te machucar,você só tem que escolher por quem vale a pena sofrer."

Um dia a tristeza vai embora... Aprendemos a sorrir novamente... Fazemos novas amizades... E vemos que todo aquele sofrimento do passado, não valeu tanto a pena... Pois se a vida fez as coisas andarem dessa forma... Foi porque não era pra ser... Pois se era pra ser o que pensávamos que era, não teríamos tomado rumos diferentes... Teriamos continuado caminhando na mesma direção."

                                                                                                                                                             Pablo Neruda

O que você faria para mudar o mundo?


Comece mudando a si mesmo. Ninguém muda o mundo se não consegue mudar a si mesmo ... Cuide da Saúde do Planeta. Não desperdice água, não jogue lixo no lugar errado, não maltrate os animais ou desmate as árvores. Por mais que você não queira, se nascemos no mesmo planeta, compartilhamos com ele os mesmos efeitos e conseqüências de sua exploração ... Seja responsável: não culpe os outros pelos seus problemas, não seja oportunista, não seja vingativo. Quem tem um pouquinho de bom senso percebe que podemos viver em harmonia, respeitando direitos e deveres ... Acredite em um mundo melhor. Coragem, Honestidade, Sinceridade, Fé, Esperança são virtudes gratuitas que dependem de seu esforço e comprometimento com sua Honra e Caráter. Não espere recompensas por estas virtudes, tenha-as por consciência de seu papel neste processo ... Tenha Humildade, faça o Bem, trabalhe. Não tenha medo de errar, com humildade se aprende, fazer o bem atrairá o bem para você mesmo e trabalhando valorizarás o suor de teu esforço para alcançar seus objetivos ... Busque a Verdade, a Perfeição, uma posição realista frente aos obstáculos, uma atitude positiva diante da vida... Defenda, participe, integre-se à luta pacífica pela Justiça, Paz e Amor. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O uso da tecnologia – benefícios e malefícios nas aprendizagens


Hoje em dia, falar em aprendizagem, em modernidade nas escolas, sem falar no uso da tecnologia, já estaremos sendo ultrapassados. Esse meio muito tem contribuído como ferramenta do educador para aprofundar suas metodologias didáticas em sala de aula. Além de provocar o aluno a buscar o conhecimento, a investigar, pesquisar de forma a confrontar o seu conhecimento prévio com o descoberto, estará proporcionando a abertura de vários caminhos para o aluno chegar até a aprendizagem.
Facilitar crianças que apresentam múltiplas deficiências, aproximar a realidade dos alunos com o universo em que estamos inseridos, promover a sociabilidade, o desenvolvimento cognitivo, afetivo e até mesmo psicomotor, são alguns dos benefícios que a tecnologia dispõe ao aprendente. É de suma importância que os alunos, desde muito cedo, mantenham o contato com as tecnologias, para instigar os seus interesses pela busca do conhecimento e assim quem sabe, antes mesmo da formação do ensino médio, já tenham em mente, uma opinião acerca de sua formação profissional.
 No entanto, o uso dos meios tecnológicos não é utilizado tão somente como propagador do conhecimento e como instrumento facilitador das aprendizagens. Existem, também, alguns problemas relacionados com o uso da tecnologia, sendo vista, muitas vezes, como influenciadora e propagadora de assuntos mal intencionados, desvirtuando, principalmente, o pensamento de uma criança em desenvolvimento. O acesso à internet, em redes de acesso a programas educacionais, muitas vezes, não trazem especificamente conteúdos educativos, trazendo jogos ou outra proposta interessante que induz as crianças a cometerem atos violentos, até mesmo o Bullying, problema social frequente nas escolas, abandonando o interesse em aprender realmente o que seria necessário à sua formação.
Outra questão a ser repensada sobre o uso da tecnologia é o fato de que a criança, desde pequena, habitua-se numa espécie de sedentarismo, ficando a maior parte do seu tempo disponível diante do computador, esquecendo que a melhor forma ainda de se aprender, ou estabelecer relações, é através de brincadeiras sadias, passeios ao ar livre, atividades que envolvam familiares, amigos, desligando-se, se não totalmente, uma boa parte, da ilusão virtual que a tecnologia influencia.
Existe a grande necessidade de proporcionar ao aluno aprendente diversas maneiras de interagir com o conhecimento, e não se pode negar que o uso das tecnologias, aqui destacando o uso da informática em sala de aula, vem muito a acrescentar como fonte de pesquisa. Porém, não se pode deixar de lado o incentivo ao trabalho em grupo, ao manuseio do bom e velho livro didático, a atividades físicas, deixando de lado um pouco do sedentarismo das atividades diante do computador. Logo, é imprescindível haver certo equilíbrio entre o uso da tecnologia como fonte propagadora do conhecimento, sem que isto afete as outras relações.

Como refletir sobre o Bullying nas escolas


Frequentemente se têm notícias de que nas escolas são registrados atos de violência entre os alunos, tanto na rede pública como privada, tirando o sossego dos estudantes e tranquilidade dos pais, que geralmente depositam total confiança de que seus filhos, além de receberem o conhecimento desejado, estão sendo assistidos. Geralmente os casos procuram ser resolvidos sem a ação do conselho tutelar ou conhecimento de alguma imprensa local. O Bullying é uma palavra de origem inglesa, “bully”, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação específica na língua portuguesa, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato, sendo praticados estes atos de forma física ou como repressão emocional. Está no dia-a-dia das instituições escolares, seja cometido tanto pelo aspecto físico, quanto emocional dos alunos. Geralmente essa ação é intencional e continuada, sendo as vítimas amedrontadas e reprimidas, tanto causada por agressões, quanto pela famosa “tortura psicológica”. As diversas formas de agressão entre alunos são registradas como empurrões, pontapés, insultos, histórias humilhantes, mentiras para implicar a vítima a situações vexatórias, inventar apelidos que ferem a dignidade, captar e difundir imagens, principalmente pela internet, ameaças que deixa a vítima coagida, sem defesa e envolta à exclusão. Mesmo que se coloquem os pais ou responsáveis a par da situação, que se busque uma forma de diálogo com o agressor, estabelecendo as normas e os limites, sem uma real e drástica orientação acerca das conseqüências destes atos, a insanidade perpetua. O Bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola. Os que praticam o Bullying, seja de forma individual ou em grupo, têm grande perspectiva de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e violentos, vindo a adotar, inclusive, atitudes delituosas ou delinquentes contra sua própria família e sociedade. Discussões ou brigas pontuais não são Bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não se caracterizam como esse tipo de violência. Para que seja Bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas de classe ou de trabalho, por exemplo). Todo Bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como Bullying. Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como Bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. Caso a vítima, no caso o alvo do agressor, ignore as provocações, fazendo com que ele desista da ação, não se considera um ato de Bullying. Existe a necessidade de se tomar uma atitude urgente, já que muitas crianças sentem-se aterrorizadas, vendo esse espaço que seria de aprendizado, um verdadeiro ambiente desmotivador, causador de tantos traumas que serão levados por toda vida. Por desrespeitarem princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana, atos de Bullying configuram-se como atos ilícitos. Com isso várias pessoas estão recorrendo à justiça para que atos de Bullying sejam ressarcidos de alguma forma. O Código Civil brasileiro determina que todo ato ilícito que cause dano a outra pessoa gera o dever de indenizar. A responsabilidade do ato também pode ser enquadrada no Código de Defesa do Consumidor levando escolas, por exemplo, a também terem responsabilidade sobre o ato tendo em vista que são prestadores de servidos aos consumidores. Algumas atitudes que poderiam ser tomadas como aprendizado a estes agressores, é que a instituição escolar aplicasse como forma de punição, medidas pedagógicas procurando evitar os traumas causados às vitimas do Bullying. Como por exemplo, sugerir que um agressor, como alternativa educativa, pesquise, fundamente teoricamente o assunto, as causas, conseqüências, e realize palestras para toda a equipe escolar, reconhecendo de certa forma suas atitudes e procurando corrigi-las. Pode-se aprofundar o trabalho, envolvendo os pais dos alunos como ouvintes, e os responsáveis dos agressores como colaboradores nessa tarefa de esclarecimento do real problema causado pelo Bullying. Já com os pequenos delinquentes, que cometem seus erros, mas ainda não conseguem realizar tal pesquisa aprofundada sobre o tema, fica a cargo dos pais ou responsáveis lhes dar toda orientação. A ideia de realizar uma marcha silenciosa, convidando os pais, alunos e comunidade escolar, em manifesto e combate ao Bullying nas escolas, isso colabora pra que o agressor pense sobre suas ações e veja a repercussão que o assunto transmite. Por medidas como estas, e outras sugeridas tanto pelos pais de vítimas, quanto pela sociedade, devem ser aceitas e aplicadas com o intuito de elucidar o problema.



Guiados pelo poder da mente


Como o título sugere, viemos aqui refletir sobre como somos guiados pelo poder da mente. Conforme nossas ações e pensamentos, podemos perfeitamente nos tornar seres construtivos, positivistas, donos de auto-estima elevada, capaz de fortalecer nosso corpo e espírito contra qualquer moléstia, ser bem sucedido tanto pessoal quanto profissionalmente, ou, do contrário, somos capazes de se autodestruir, aniquilar-se, envolto a transtornos do pensamento negativo-destrutivo.
O que tem mais poder de influenciar em nossa vida? O simples fato, e tão somente, de tomar um medicamento receitado pelo especialista, caso haja alguma disfunção no organismo, sem que exista o desejo de que ele faça efeito, removendo todo o problema e trazendo a saúde ou, além disso, associado à medicamentosa, exercer o pensamento positivo de que o problema será solucionado?
Queira ou não, o poder que a mente exerce sobre nós é vital. Um indivíduo pessimista, com sua auto-estima fragilizada, inerte, sem vontade de relacionar-se com o outro, com o meio, logicamente estará ocasionando uma disfunção psíquica, e, posteriormente, afetará além do emocional, o seu estado físico. Pensamentos negativos, destrutivos, norteiam as ações. Porém, se mesmo diante das dificuldades que a vida ocasiona em certos momentos, mantermos a serenidade, o pensamento positivo de que todos os problemas serão solucionados, buscando manter o equilíbrio tanto físico quanto emocional, supostamente esse período a ser percorrido não exigirá tanto desgaste devido à força do poder da mente.
Diante das situações, mesmo parecendo impossível, às vezes, é essencial controlar o poder da mente, desenvolver o equilíbrio entre o corpo e o pensamento, mentalizando positivamente para buscar a cada dia, um novo aprendizado. Acreditar que somos capazes, se não de desenvolver uma habilidade, outra certamente há de conseguir, pois todos nós temos potencialidades. Agradecer os problemas, bem-aventurar as conquistas, pois com eles, problemas e conquistas, construímos nossa história.


A SOCIEDADE DOS NOSSOS SONHOS


Como seria a sociedade dos nossos sonhos? Justa, impondo os mesmos direitos e deveres a todos os cidadãos? Igualitária, sem haver o preconceito entre religião, gênero, raça ou condição social? Competitiva, que oferece oportunidades a quem têm acesso às redes de informação e aperfeiçoamento profissional? Humana, preocupada com as necessidades e interesses de seus habitantes, procurando promover competências que possam sanar às desigualdades? Oportunista, que valoriza quem tem posses, influência ou nome reconhecido que caracteriza o “berço” ou “prole”? Revolucionária, que organizasse seus habitantes em prol de lutas organizadas pelos seus direitos, destituindo a dicotomia tradicional, hierárquica e estabelecendo o bem comum a todos, ou seja, igualdade, liberdade, fraternidade?
A sociedade dos nossos sonhos, plural e democrática, estaria determinada a construir em sua base a democracia, mas não aquela democracia que está só lá no papel, não, a democracia do poder de opinião, da liberdade de escolha, da integração e inclusão de todos numa sociedade humana e justa, que pode promover a competitividade, mas de forma sadia, sem discriminar as diferentes habilidades e potencialidades, valorizando cada qual com suas aptidões. Uma sociedade pluricultural, em que possa se apreciar e incorporar as heranças deixadas por diferentes povos, valorizar suas crenças, respeitando sua forma de viver.
A sociedade dos nossos sonhos evidentemente não é esta que se encontra aí, que prega valores morais e éticos e o que faz pelo seu povo? Governantes já estão doutores no discurso da oratória, fazendo suas falsas promessas, enriquecendo de forma ilícita aos olhos de todos e colaborando para que o progresso, principalmente no que diz respeito à Educação, seja cada vez mais utópico. Como fazer para que a sociedade que aí está seja igualitária pra todos? Como ela poderá oferecer condições dignas de manter a harmonia e a decência do seu povo? Questões que pedem pra ser refletidas...

A ESCOLHA DE UM CAMINHO


A vida é feita de escolhas, estas, que norteiam nossas ações e pensamentos. Desde que nascemos, diante de nós existem vários caminhos e nossos primeiros passos são guiados pelas mãos de quem tanto nos ama, quem procura nos indicar o melhor caminho a seguir. Na medida em que vamos crescendo, começamos a descobrir a autonomia do pensamento, quer dizer, podemos realizar nossas escolhas, porém sem saber ao certo o que é bom ou ruim, o que pode nos tornar felizes ou não. Serão as nossas escolhas.
Uma criança, desde pequena, não importando gênero, raça ou origem social, mas a ela são direcionadas as normas do que é certo ou não fazer. Se uma menina deseja brincar com algo julgado ser brincadeira de menino, já surgirá o comentário de que essa menina “tem jeito” de menino. Já um menino, se querer brincar de cozinhar, ou cuidar de um bebê, a crítica será massacrante, pois ele será condenado a “ter jeito” de menina. Não imaginamos o quanto estamos equivocados ao pensar desta forma. Um menino, ao crescer, tornar-se adulto e eventualmente conquistar seu espaço, vai necessitar de saber “lidar na cozinha”, saber ao menos “fritar um ovo”, caso não tenha um apoio pra ajudá-lo. Quando pai, vai precisar saber segurar seu filho, dar-lhe carinho, e se quando pequeno, lá na infância, não lhe fosse bitolado as brincadeiras julgadas de menina, talvez ele não sentisse tantas dificuldades em determinadas situações de vida.
Na escola, instituição que apresenta uma base científica e pedagógica ao ser humano, para que ele construa o seu conhecimento a partir das relações, lá, o educador ou facilitador nos mostra diversos caminhos para chegar a um mesmo resultado, ou seja, a aprendizagem. A forma como seremos norteados, vai acarretar, futuramente, o sucesso ou fracasso das nossas escolhas. E, chegado o momento de escolher nosso futuro profissional, vem a dúvida se fizemos a escolha pelo desejo, pelo que chamamos de vocação, ou pelo status que a sociedade julga ser mais importante. Em outro exemplo, se uma criança, que Lá na sua infância brincava de ser professor, pois amava a sua professora e queria ser igual a ela, agora, chegado o real momento de fazer a escolha profissional, se for analisar pela posição social ou remuneração, o seu sonho de ser professor, deixará de existir. Logo, vem em mente a importância de um médico, dentista, engenheiro, mas professor, este está marginalizado, não seria um bom caminho a seguir.
Então surge a questão: de que maneira podemos guiar nossas escolhas, nosso caminho? Lembre-se: Você é fruto de suas escolhas.


A DIVERSIDADE E SUAS COMPLICAÇÕES


Ao dirigir-se acerca do tema “Diversidade”, surge a questão relevante de quais são as conquistas e as complicações sobre o assunto. Falar em diversidade, em diferenças, abrange um universo imenso, tanto nas dimensões políticas, quanto sociais e culturais, sem deixar de mencionar o aspecto histórico. Refletir sobre a diversidade no âmbito político, nos remete a pensar sobre os vários partidos políticos existentes, cada qual com sua filosofia, seus projetos, ideais, palavras bonitas que, se realmente saíssem do papel, não importa de que coligação partidária fosse, o nosso país estaria em melhores condições de desenvolvimento. Então, de que adianta votar, mesmo que o voto é a ferramenta letal que o povo usufrui, se os deputados, senadores, não de forma generalizada, mas a grande maioria, não pensa nas classes menos favorecidas, nas diferenças entre raças, e preferem aumentar os seus salários de maneira exorbitante, sendo que muitos brasileiros passam fome, pois o salário mínimo não sustenta uma família. Em se tratando das diferenças entre raças, é justo aprovarem leis, estabelecerem cotas em universidades, até mesmo em concursos públicos, se todo o ser humano tem os mesmos direitos e deveres enquanto cidadão? Torna-se complicado falar em diversidade, em dizer que hoje em dia existe o direito de voz, de vez. Quanto à questão social e cultural, estamos nos deparando com uma nova geração que não reprime suas opções, suas ações e seus pensamentos. O que antigamente a sociedade julgava como indecente e repugnante às famílias, hoje, é permitida a união estável de duas pessoas do mesmo sexo, e que a partir de uma união sólida, torna possível a adoção de uma criança. Mesmo que o indivíduo busque seus direitos de expressão e de sentir-se um cidadão em sociedade, muitas vezes, para evitar conflitos vexatórios, como o bullying, por exemplo, torna-se um ser humano frustrado, por seguir as normas pré-estabelecidas do que é certo ou errado. Fazendo uma análise profunda sobre o tema, chega-se à conclusão de que ainda vivemos sob a dicotomia da sociedade arcaica, patriarcal, já que até mesmo alguns casais entram em conflito pelo desejo de independência da mulher. Pensar que um filho venha a se impor pela opção sexual sem ser aquela tradicional, homem-mulher, da qual se julga na maioria das vezes a normal, pregada nas religiões como sendo a vontade de Deus, não vai acarretar certa frustração em seus pais? Nos planos que eles depositaram em seu filho, do medo de que a sociedade o repudie pelas suas escolhas? Eis que surgem os conflitos, as dúvidas sobre o que realmente é aceito ou não. Devemos refletir sobre esse tema, se nós não agimos de certa forma cruel com o próximo. Fechar os olhos diante das questões que batem à nossa porta não será a melhor solução para aceitar e conviver de forma harmoniosa a diversidade que está aí.

COMO SOMOS ROTULADOS?


Pense na seguinte questão...
Se você fosse ao supermercado para comprar certo produto, ao chegar até à prateleira, verifica que existem vários rótulos com o mesmo produto, porém, de acordo com certa marca, o preço varia de forma acentuada. O que você faria? Levaria o produto pelo seu preço mais acessível, já que, se adquirisse o mais barato poderia aproveitar a economia e levar outras mercadorias, ou, você pagaria o rótulo, a aparência ou a marca registrada como selo de qualidade?
Se você fosse concorrer a uma vaga no mercado de trabalho, e a concorrência é acentuada, com candidatos de nível escolar elevado, experiência profissional comprovada, e você, iniciante, com seu diploma na mão, mas sem oportunidades de atuar no campo que escolheu como profissão, e muitas vezes, sem condições de se aperfeiçoar em cursos de extensão, o que faria?
Se você fosse um empregador, e estivesse necessitando de funcionários em sua empresa, ao receber e avaliar os currículos, quais os critérios essencialmente considerados? A formação escolar, se em rede pública ou privada, a experiência profissional, se já possui ou não, as habilidades e aperfeiçoamentos destacados, a aparência física e o sobrenome, ou a pessoa que indicou, para dar boa imagem à sua equipe?
Se você, em sua necessidade de possuir um animalzinho de estimação, sai com a intenção de comprar em uma loja de animais, aquele cuja raça é a mais procurada, durante o caminho que você percorre até a loja, se depara com um animalzinho de rua, com olhar triste, com fome, sem lar, sentindo a mesma necessidade que você, o que faria? Mudaria de ideia e o adotaria, dando-lhe o mesmo amor e dedicação ou não pensaria na hipótese, seguindo o seu percurso?
Se você, por algum motivo de mudança de endereço ou interesses da família, tivesse que mudar de escola, ao procurar formar o seu novo círculo de amizades, faria certa seleção de amigos? Você se aproximaria daqueles que são reservados, estudiosos, que estão sempre com um livro na mão, usam óculos, chamados de nerds, e daqueles colegas que são de cultura ou raça  diferente da sua, ou teria em seu grupo somente aqueles que possuem boa aparência, ditadas como padrão de beleza, se vestem conforme a modinha, curtem azaração, e agitam com as normas de boa convivência?
Pois é... Se você pensar bem, todas estas questões nos remetem a pensar o quanto somos rotulados pela sociedade.